No acumulado do ano até setembro, construção cresceu 4,1%

Segundo o IBGE, o PIB brasileiro teve alta dessazonalizada de 0,9% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período imediatamente anterior. Esse resultado veio ligeiramente acima da mediana das projeções de mercado, que indicavam alta de 0,8%.

Com isso, o crescimento acumulado no ano até setembro chegou a 3,3%. Considerando o acumulado em quatro trimestres também até setembro, o PIB apresentou avanço de 3,1% e, na comparação com o terceiro trimestre de 2023, de 4%.

Considerando os componentes da demanda, o destaque na comparação dessazonalizada com o segundo trimestre ficou por conta da Formação Bruta de Capital Fixo, com alta de 2,1%. Vale notar que esse componente vem crescendo à frente do PIB total já há quatro trimestres, período em que acumula crescimento acumulado de 3,7% contra 3,1% do PIB total.

Outro destaque ficou por conta do consumo das famílias, cuja alta dessazonalizada no terceiro trimestre foi de 1,5%. O IBGE revisou os resultados dos dois primeiros trimestres de 2024 e, no caso do consumo, as variações foram revistas para cima. Com isso, a alta acumulada no ano até setembro chegou a 5,1% e, considerando os últimos quatro trimestres, a 4,5% – o que faz desse componente o principal fator de dinamismo do PIB no período recente.

No que diz respeito à construção, o resultado do terceiro trimestre na comparação com o trimestre anterior com ajuste registrou uma retração maior que a esperada. Possivelmente, devido aos efeitos da desaceleração da atividade de obras de infraestrutura, com o fim do ciclo eleitora municipal.

Ainda assim, na comparação com o mesmo trimestre de 2023, o resultado da construção foi 5,7% maior e o setor acumula crescimento no ano de 4,1%. Com esse resultado, o crescimento esperado do PIB da construção em 2024 passa para um outro patamar. Estima-se alta de 4,4%.

Fonte: Sinduscon-SP – Por Rafael Marko – 05/12/2024