Em São Paulo, aumentos foram de 1,14% no mês e de 13,82% no acumulado de 12 meses
Os preços dos imóveis residenciais, pesquisados em dez capitais do país, se elevaram em média 0,82% em novembro de 2024, desacelerando em relação à alta de 1,32% observada em outubro. Mesmo com esse resultado, o acumulado de 12 meses até novembro continuou acelerando, passando de 13,05% em outubro para 13,77% em novembro.
Os dados são do IGMI-R (Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial) da Abecip (Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Na cidade de São Paulo, o IGMI-R aumentou 1,14% em novembro, desacelerando em relação à elevação de 1,50% registrada em outubro. Já no acumulado de 12 meses, houve aceleração, passando de 12,46% em outubro para 13,82% em novembro.
Além de São Paulo, em novembro ocorreram elevações em Salvador (1,57%), Belo Horizonte (1,54%), Curitiba (1,42%), Goiânia (1,27%), Brasília (0,36%) e Rio de Janeiro (0,25%). Em Porto Alegre, observou-se estabilidade (0,02%); e houve quedas em Recife (-0,96%) e Fortaleza (-0,06%).
No acumulado de 12 meses, além de São Paulo aconteceram aumentos em Belo Horizonte (25,59%), Salvador (23,29%), Goiânia (19,13%), Curitiba (19,06%), Fortaleza (12,44%), Recife (6,81%), Rio de Janeiro (6,35%), Brasília (5,39%) e Porto Alegre (0,91%).
A variação acumulada do IGMI-R nos primeiros onze meses de 2024 alcançou 12,47%, a segunda maior para esse período desde 2021, evidenciando o aquecimento do mercado imobiliário ao longo do ano. Esse movimento de alta foi verificado também em diversas cidades que compõem o índice, abrangendo todas as regiões do país.
De acordo com a Abecip, o INCC pode atuar como um indicador antecedente para os movimentos do IGMI-R, ainda que com defasagens temporais. No período entre 2020 e 2021, o INCC apresentou forte alta devido ao aumento dos custos de insumos e mão de obra no setor, pressionando os preços dos imóveis e contribuindo para a elevação do IGMI-R entre 2021 e 2022. Posteriormente, a desaceleração do INCC em 2022 e 2023 não resultou imediatamente em uma retração do IGMI-R, que manteve um crescimento moderado, refletindo a inércia dos preços residenciais e outros fatores como condições de financiamento e demanda. A recente retomada do INCC em 2024 sugere que novas pressões sobre os preços dos imóveis podem surgir.
A entidade destaca que a variação de 13,77% do IGMI-R no acumulado de 12 meses até novembro contrasta significativamente com o aumento do IPCA de 4,87% na mesma comparação.
Na análise da Abecip, o crescimento real observado no mercado imobiliário, mesmo em um contexto de inflação dentro da faixa de tolerância da meta, reforça o bom desempenho do setor. Esse cenário destaca não apenas a resiliência, mas também a capacidade de adaptação e o dinamismo do mercado imobiliário, que continua a se consolidar como um pilar essencial da economia, capaz de prosperar mesmo diante de desafios macroeconômicos, de acordo com a entidade.
Fonte: Sinduscon-SP – Por Rafael Marko – 06/01/2025