São Paulo registrou aumentos de 0,88% no mês e de 10,63% em 12 meses
Os preços dos imóveis residenciais pesquisados em dez capitais do país se elevaram em 0,96% em abril, desacelerando em relação à alta de 1,49% registrada em março. Já o acumulado de 12 meses até abril mostrou aumento de 10,83% em abril, acima do acumulado de 10,29% até março.
Os dados são do Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R) da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Na cidade de São Paulo, os preços dos imóveis residenciais se elevaram em 0,88% em abril, abaixo do aumento de 1,58% ocorrido em março. Já no acumulado de 12 meses até abril, a variação foi de 10,63%, acima dos 9,76% registrados até março. No primeiro quadrimestre de 2024, houve aumento de 5,61%, acima dos 2,35% registrados no mesmo período de 2023.
Além de São Paulo, em abril houve aumento desses preços em Brasília (2,43%), Goiânia (1,97%), Belo Horizonte (1,96%), Curitiba (1,57%), Recife (1,24%), Fortaleza (1,06%), Salvador (0,76%) e Rio de Janeiro (0,11%). Porto Alegre registrou queda de 0,89%. Fortaleza, Recife, Salvador e Goiânia tiveram em abril aumento superior ao de março.
No acumulado de 12 meses até abril, além de São Paulo mostraram aumentos de preços Belo Horizonte (16,99%), Curitiba (15,65%), Goiânia (14,79%), Brasília (12,92%), Salvador (10,88%), Recife (9,27%), Rio de Janeiro (7%), Fortaleza (6,12%) e Porto Alegre (4,40%).
A variação acumulada pelo IGMI-R nos primeiros quatro meses de 2024 foi de 5,24%, sendo a maior taxa acumulada para o mesmo período desde 2016, evidenciando o aquecimento do setor imobiliário em 2024. Essa tendência também foi observada em outras seis cidades que fazem parte do índice, abrangendo três grandes regiões do país, o que indica que essa aceleração está distribuída por grandes cidades em todo o território nacional.
No quadrimestre, apenas a região Sul apresentou uma taxa inferior à observada nos últimos anos, um fenômeno que não tem relação com as chuvas que afetaram a região no início de maio, período não considerado nesta edição do IGMI-R. Entre as regiões cujas cidades acumulam as maiores altas no quadrimestre estão Belo Horizonte (11,26%), Salvador (8,69%) e Brasília (7,82%).
Na análise da Abecip, o cenário atual sustenta um bom momento para o setor imobiliário. Enquanto o aumento do IGMI-R acelerou para 10,83% em 12 meses, o IPCA desacelerou para 3,69% no mesmo período.
Para a entidade, a recuperação observada no início de 2024 se confirma como uma tendência positiva para o setor imobiliário, impulsionada pelos cortes acumulados na taxa Selic até maio de 2024. No entanto, lembra a Abecip, a autoridade monetária ressalta que essa tendência precisará ser reavaliada a partir de maio, diante dos desafios que se acumulam no cenário doméstico e internacional.
Segundo a Abecip, a evidência de um crescimento real no mercado imobiliário, em um período de inflação controlada, ressalta o potencial de investimento e a atratividade do setor. Em sua avaliação, este momento destaca a resiliência e o dinamismo do mercado imobiliário como um componente crucial da economia, capaz de se adaptar e prosperar mesmo diante de desafios macroeconômicos.
Fonte: SINDUSCON -SP – Por Rafael Marko– 10/06/2024