Em uma revelação recente, o ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou que o governo está considerando a possibilidade de expandir uma estratégia inovadora para todo o Brasil, que foi inicialmente adotada no Rio Grande do Sul como parte do programa Minha Casa, Minha Vida. Esta medida visa incluir imóveis usados adquiridos pela Caixa Econômica Federal no esquema habitacional.
O objetivo da expansão é facilitar o acesso à moradia em outras regiões do país, além de responder rapidamente à necessidade de alojamento de pessoas afetadas por calamidades, como as inundações que atingiram o Rio Grande do Sul. A ideia é não só acelerar o processo de aquisição de moradias, mas também aproveitar os imóveis já existentes, reduzindo o tempo de espera para a construção de novas unidades.
O que muda com imóveis usados adquiridos pela Caixa?
Segundo detalhes fornecidos por Jader Filho, a inclusão de imóveis usados permitirá que a Caixa Econômica Federal adquira e, em seguida, repasse esses imóveis para a população necessitada. O Rio Grande do Sul serviu como um teste para esta abordagem, com mais de 3 mil imóveis já catalogados e alguns já encaminhados para novos proprietários.
Qual será o novo valor máximo para os imóveis?
Para acomodar essa nova estratégia, o valor máximo que pode ser pago por unidade habitacional dentro do programa foi elevado de R$ 170 mil para R$ 200 mil. Esse aumento busca ajustar os valores ao mercado atual e garantir que imóveis de qualidade estejam disponíveis dentro do programa, sem desconsiderar a realidade de preços de algumas regiões.
Impacto esperado da expansão do Programa Minha Casa, Minha Vida
A iniciativa não somente ajudará as famílias que perderam suas casas em desastres naturais, mas também incentivará o mercado de imóveis usados. Alexandre Schubert, vice-presidente da Associação das Empresas Imobiliárias (Ademi-ES), ressalta a importância de focar em regiões que enfrentam desafios semelhantes aos do Rio Grande do Sul, como alagamentos e outros desastres naturais.
Além disso, o economista Marcelo Loyola Fraga destaca que, frente às mudanças climáticas e aos crescentes desafios em gestão de desastres naturais, é vital que tais políticas habitacionais sejam adaptativas e possam ser aplicadas onde mais necessárias, promovendo não apenas reconstrução, mas também prevenção.
Esta estratégia do governo, se bem executada, poderá não apenas proporcionar moradia mais depressa para quem perdeu tudo, mas também revitalizar setores da economia ligados ao mercado imobiliário, gerando emprego e renda. Assim, a expansão do Minha Casa, Minha Vida para incluir imóveis usados revela-se como uma visão inovadora frente aos desafios contemporâneos, unindo eficiência econômica e sensibilidade social.
Fonte: BMCNEWS – 15/06/2024