Setor imobiliário exige modernização para impulsionar eficiência e fortalecer a indústria no país

O setor imobiliário brasileiro, responsável por movimentar cerca de R$ 600 milhões ao ano, o pra há décadas sob um modelo considerado engessado e lento.

Com base na Lei do Inquilinato, o mercado ainda enfrenta desequilíbrios entre garantidoras, imobiliárias e locatários. Segundo o IBGE, cerca de 23% dos domicílios brasileiros eram alugados em 2023, um crescimento de 45% desde 2016, o que reforça a importância de modernizar o segmento.

É nesse contexto que surge o conceito de Warranty as a Service (WaaS), ou “garantia como serviço”, inspirado no modelo de Banking as a Service (BaaS). A proposta busca “reorganizar o ecossistema de locação”, oferecendo às imobiliárias cashback, autonomia tarifária e acesso a um score imobiliário baseado em desempenho e recorrência. Assim, as empresas ganham protagonismo, com processos centralizados e simplificados, desde a análise de crédito até a liberação do imóvel.

Atualmente, as imobiliárias enfrentam dificuldades com o modelo tradicional, mas soluções como o WaaS podem proporcionar até 15% de cashback às empresas e 5% aos corretores, pagos em até 24 horas após a quitação do contrato. “Não se trata apenas de fidelização, mas de um modelo que recompensa a eficiência”, destaca o texto. Quanto maior o número de contratos bem-sucedidos, melhor o score e, consequentemente, as condições comerciais.

O uso de inteligência artificial também é um diferencial, já que permite analisar sinistros com mais agilidade e transparência. Ainda assim, o setor precisa manter “critérios claros, revisão constante e supervisão humana” para evitar falhas e injustiças.

A principal preocupação, no entanto, é a exclusão de pequenas imobiliárias que ainda não têm acesso a essas tecnologias. “O desafio está em conciliar inovação com inclusão”, ressalta o texto. Com juros altos, instabilidade econômica e um novo perfil de consumidor, o setor precisa abandonar práticas ultrapassadas e adotar uma cultura de dados, meritocracia e colaboração.

 

 

Fonte: ABECIP – Por Papo Imobiliário – 07/10/2025

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