Desastres climáticos épicos e históricos no planeta Terra

A humanidade já experimentou diversos desastres naturais que dizimaram civilizações inteiras. Há cerca de 7.500 anos, conhecemos a história épica do Dilúvio e da arca de Noé, narrada na Bíblia em quatro capítulos do Gênesis. Foram 40 dias e 40 noites de chuva sem parar e o mundo ficou inundado. As águas afogaram todos os humanos e animais, exceto aqueles que se refugiaram na arca de Noé.

Cientificamente, o fato foi consequência do degelo das calotas polares que elevou o nível dos oceanos e rompeu uma barreira natural que impedia a passagem da água do Mediterrâneo para o Mar Negro. Depois que as águas baixaram, Noé desembarcou no Monte Arara (atual Turquia) e todos saíram da arca para se multiplicar novamente.
Segundo religiosos, o fato aconteceu por castigo divino.

Para historiadores, não passa de uma representação simbólica. Aos olhos da ciência, provavelmente aconteceu, a partir da análise de fósseis e sedimentos marinhos.

Podemos lembrar do reino de Atlântida, citado em textos do filósofo grego Platão, no século IV a.C e que teria acontecido há 9 mil anos.
Uma civilização antiga que possuía um padrão tecnológico e civilizatório extremamente avançado, que teria se desenvolvido em uma ilha e deixou de existir quando terremotos abalaram a ilha, fazendo com que ela afundasse no oceano.

Intelectuais da antiguidade acreditavam na existência de Atlântida, enquanto outros consideravam que era apenas uma lenda. Já no final do século 18, com o advento da Revolução Industrial, cientistas já investigavam e alertavam sobre o risco de aquecimento do planeta.

Exatamente em 1859 o físico irlandês John Tyndall foi o pioneiro nos estudos sobre mudanças climáticas, quando descobriu que alguns gases, como dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4), aprisionam a radiação infravermelha, criando o efeito estufa.

Em 1896, o químico sueco Svante Arrhenius (prêmio Nobel de química em 1903) apontou a queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão) como produtora de dióxido de carbono (CO2) e calculou que a temperatura da Terra aumentaria 5°C com a dobro de CO2 na atmosfera.

A partir da segunda metade do século passado intensificaram-se terremotos, tsunamis, secas, chuvas, calor e frio extremos, devido alterações no sistema climático do planeta.

Estes impactos são gerados por condições sociais e ambientais, como pobreza e moradia em áreas de risco, desmatamento, degradação de recursos naturais e uma extensa lista de outros fatores.
Petrópolis, Teresópolis e São Sebastião são exemplos de cidades que foram afetadas por chuvas intensas e deslizamentos.

Agora o estado inteiro do Rio Grande do Sul foi atingido por avassaladoras chuvas. Assim como o furacão Katrina que deixou submersa 80% da cidade de Nova Orleans, nos Estados Unidos em 2005, a recuperação de toda a infraestrutura do Rio Grande do Sul se dará em pelo menos uma década.

Em resumo, a prevenção e adaptação a esses problemas exigem ações integradas, envolvendo planejamento urbano, conservação ambiental, tecnologias sustentáveis e conscientização da população, caso contrário, o planeta não vai acabar, quem vai acabar são os seres humanos.

 

José Elias Fernandes Abul Hiss                                                                               Abril – Maio – 2024
Eng. Eletricista e Seg. do Trabalho
Diretor Executivo da APEMEC

 

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